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Portaria Remota: Da dúvida à uma realidade iminente!

Após a pandemia, muita coisa mudou no mundo e nos condomínios do Brasil, entre elas o ritmo de substituição do trabalho dos porteiros presenciais pela tecnologia e serviços de Portaria Remota, onde o questionamento evoluiu de “uma alternativa a considerar?” para um estágio mais avançado de “uma necessária mudança!”, a ser planejada e aprovada já na sua próxima assembleia.

Sou engenheiro e gestor, trabalhei por mais de 30 anos na vida corporativa, apaixonado por história e pelo modelo onde a tecnologia transforma o trabalho e a vida das pessoas. Nos últimos anos venho investindo no “ecossistema de negócios condominiais”. 

Sobre condomínios, gostaria de deixar claro minha crença de que existe espaço para mais profissionalismo (governança inclusive), em especial pelo aproveitamento de conceitos, práticas e ferramentas de gestão que hoje estão consolidados nas boas empresas, mas que não pretendo hoje aprofundar para não me estender.

Apenas um complemento após observar uns 200 condomínios, no dia-a-dia e em reuniões de trabalho (assembleia inclusive), de que a complexidade de relacionamento é significativamente maior quando comparada ao “universo empresarial padrão”, onde uma empresa para sobreviver no próximo mês, deve estar minimamente profissionalizada. No condomínio, pelo fato de que os proprietários adimplentes terem direitos iguais, mas em geral nível de conhecimento, interesses e comportamento amplamente distintos, se a liderança (síndico, subsíndico e conselho) e seus prepostos (administradora, zeladoria, portaria inclusive) não tiverem “noção” (experiência, legitimidade e atitude mínimas), a convivência no condomínio pode se tornar conflituosa, disfuncional e até caótica, por tempo prolongado, e cheio de riscos desapercebidos, até que algo muito sério aconteça, que desvalorize o seu patrimônio e que provoque uma reação emergencial.

Como especialista no tema Portaria Remota, gostaria de defender aqui a importância de que cada condômino se interesse em entender a situação do seu próprio condomínio e se motive a pesquisar um pouco o assunto (meu próximo tema será “Como a Portaria Remota Transforma a Vida em Condomínio!”) e poder contribuir para com o planejamento e gestão do síndico.

Abaixo compartilho um convite à auto-reflexão composto por 5 perguntas pragmáticas que normalmente utilizo para diagnosticar uma situação. São elas:

1. A taxa condominial paga é justa pelos benefícios que o condomínio hoje oferece? 

2. Estou de acordo com a gestão do condomínio, quanto aos investimentos em melhorias e tratamento dos riscos conhecidos (vulnerabilidades e ameaças)?

3. Eu e minha família nos sentimos devidamente seguros no condomínio?

4. A convivência está devidamente descomplicada (simples) e harmônica (agradável)?

5. O condomínio é desejado, vem se atualizando (gestão, pessoas, processos, infraestrutura e tecnologia), está bem organizado e devidamente valorizado?

Apesar de não ser uma novidade, a decisão pela Portaria Remota tem historicamente sido procrastinada por desinformação, desconhecimento e desalinhamento dos interesses dos condôminos, temor dos impactos da mudança, desconhecimento da própria realidade condominial atual (altos custos, passivos e riscos) e limitações da portaria presencial, incluindo a tolerância com suas eventuais falhas. Também não podemos aqui ignorar o fato de que que alguns condomínios no passado não fizeram um planejamento adequado, acabaram escolhendo o fornecedor por preço e não por valor, implantaram a portaria pelos motivos secundários sem o devido “cuidado humano” e tiveram dificuldades no percurso. Felizmente esse problema afeta uma minoria de casos, sendo que a pandemia ajudou a “separar o joio do trigo” e a tecnologia, em conjunto com os processos estão amplamente comprovados, com inúmeros casos de sucesso para visitar e conhecer em detalhes!

Fonte: José Julio Pereira - Engenheiro e Especialista em Tecnologias para Condomínios

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